Sylla Magalhães Chaves, nascido no Rio Grande do Sul em 2 de junho de 1929, foi dos mais importantes esperantistas de nossa terra. Faleceu no Rio de Janeiro em 30 de maio de 2009.
O texto que segue é adaptação daquele publicado pelo informativo BEL-Informas nº 6/2009, redator Paulo Sergio Viana.
Como poeta, Sylla Chaves venceu várias vezes os concursos de literatura da Associação Universal de Esperanto, publicou livros, traduziu canções e muita poesia. Seus leitores muitas vezes se surpreendiam com a beleza de suas traduções, que chegavam a superar os originais. Sua versão do famoso poema “José”, de Carlos Drummond de Andrade, faz parte da “Nova Esperanta Krestomatio” (UEA, 1991). Publicou em Esperanto alentada coletânea de poesia, com representantes de todos os estados brasileiros.
Como pedagogo, produziu métodos de Esperanto (entre os quais teve grande sucesso o “Aŭdu kaj Lernu!”), discos de música, DVDs com “Gotas de Esperanto”, livros de leitura, uma valiosa gramática “Esperanto num Relance”. Dedicou-se intensamente aos dicionários. Em 2008, publicou o excelente “Oportuna Poŝvortaro Esperanta-Portugala”; quando faleceu, tinha já 21000 verbetes prontos para a versão Português-Esperanto.
Foi Presidente da Liga Brasileira de Esperanto, membro honorário da Associação Universal de Esperanto e da Academia de Esperanto. Recebeu o Pêmio Onisaburo Deguĉi, por sua ação pela paz.
Especialista em administração, direito internacional e relações públicas, trabalhou na Escola Brasileira de Administração Pública, Fundação Getúlio Vargas, UNESCO e ONU. Além de Português e Esperanto, falava Francês, Inglês e Espanhol, e conhecia um pouco o Árabe e o Russo.
Defendia o uso do Esperanto de forma simples e fácil, como demonstrou em seus livros de leitura.
Foi, sobretudo, uma grande figura humana. Obrigado, Sylla!
Abaixo, áudio com a voz de Sylla Chaves.

